domingo, 30 de janeiro de 2011

Lódice - Juliana Jabour - Cori - Osklen - Colcci - SPFW Inverno 2011

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Hey
Como prometido vou falar agora dos baphos dos desfiles de hoje .
Começando com ...

         Lódice
A moda da Iódice tem uma fórmula (que se traduz no seu estilo) composta de alguns elementos que se repetem a cada coleção: doses controladas de sex-appeal, doses carregadas de comercialidade, doses mínimas de riscos. O único elemento que ela tem que controlar melhor é a dose de previsibilidade que pode comprometer o equilíbio das vendas e da imagem da etiqueta.

É difícil de detectar a linha que separa a repetição do estilo de uma marca. O inverno da Iódice veio com seus vestidos de jérsei drapeados, tanto no comprimento curto quanto nos longos, seus couros em peças como jaquetas, calças e também detalhes nas peças de lã ou jérsei, seus bordados para os vestidos curtos de coquetel e longos de grandes festas também em jérsei negro ou musseline. De novo, os franjados em seda . Decotes? Tomara que caia, ombro só e cava americana, outra aposta frequente da Iódice.

O colorido também se manteve fiel ao preto e branco e bege e mais uma cor forte – que no caso foi o vermelho alaranjado -  e um entrada com a estampa da vez (um diáfano e tropical caftã longo, mal acompanhado de um chapéu de feltro próprio para roupas invernais).

Quem precisar, de última hora, de uma roupa para uma festa no escritório, um casamento, um coquetel  pode contar com a Iódice para resolver o assunto sem grandes inovações, mas também sem dramas ou aflições.




















           Juliana Jabour
Juliana Jabour não é mais, definitivamente, uma estilista cuja especialidade é a malha. Ela, que ficou conhecida por sua modelagem na viscolycra, domina na perfeição tecidos planos de todos os tipos o que deu à sua marca um interesse e uma amplitude bem maiores. Juliana trabalha para um publico
feminino jovem que viaja e frequenta cidades e todas as praias do mundo.

Por isso oferece a elas roupas charmosas com detalhes de bordados ou de modelagem que enfeitam e chamam a atenção. Suas malhas têm sempre um bordado nas mangas,  um recorte de ombros, uma listra com brilho, uma lavagem estonada que as distingue das demais. Tendo tomado gosto pelos tecidos ela não deixou por menos e colocou vários em sua coleção: algodões, chambrays de linho, neoprene, tricolines e sedas variadas.

Com todo esse arsenal à disposição ela fez vestidos leves, sexy e bem cortados que vinham acompanhados de paletozinhos de modelagem caprichada cheios de detalhes, debruns, babados bem colocados. Para as tardes calientes das praias tropicais ela desenhou shorts e as menores saias vistas até agora no Fashion Rio. Diz ela em seu release que "a temporada promete ser bem alegre e divertida". Se depender de sua coleção, vai mesmo.





























     Cori
Referências arquitetônicas não são novidade em desfiles do SPFW nas últimas temporadas, mas a influência da inspiração em Frank Lloyd Wright definitivamente fez bem à Cori. A dupla Giselle Nasser e Andrea Ribeiro se aproveitou dos ângulos e blocos longilíneos de Wright para uma coleção precisa, baseada em linhas retas, e a mais bonita da sua passagem pela marca.

A alfaiataria, ponto forte do trabalho da Cori, consegue ser clássica sem ser ultracareta. Desta vez, com recortes e sobreposições, inclui signos masculinos em lã e veludo: paletós transformam-se em casacos e vestidos, camisas brancas rendem chemises usados com saia plissada preta e curtíssima - as mais longas também aparecem, enroscando nas belas botinhas pesadas de salto anabela.

Contrastando com a alfaiataria pesada e os casacos em lã (casulos, resquício da silhueta arredondada tão cara a Giselle), com aplicações de detalhes em  linhas retas, entra a parte mais bonita do desfile. Recortes estratégicos de organza, feito a laser, que decoram e sensualizam (de maneira elegantérrima) a mulher Cori do inverno. 

Fazem decotes foscos, abrem a visão da barra das saias, transformam um careta suéter vermelho de xadrez argyle em peça surpreendente, de transparências sutis. Também dão graça aos vestidos e blusas feitos com ladrilhos quadriculados, que mostram a silhueta sem mostrar o corpo.






















         Osklen
Em fevereiro de 2010, a Osklen passou pela traumática experiência de um incêndio.  Das lembranças de tudo o que foi feito, criado e experimentado por lá, sobraram imagens e formas que Oskar e sua equipe reuniram para que renascessem nesta coleção.

Tricôs macios e volumosos em cores fortes mostravam a pesquisa dos decotes típicos das malhas invernais: gola alta (muitas), decote em V, o redondo, tudo isso com a brincadeira das mangas de outra malha jogadas sobre os ombros – um clássico bem preppy no uso de cashmere colorido.

Num tom mais esportivo, uma bela entrada de moletons com cara de feltro em cores lisas ou cinza mescla misturados ao couro para um refinado acabamento.  Muito bom também o resultado da junção do chamois em cor natural com o cinza mescla dando continuidade ao recurso das mangas amarradas  fazendo a vez de echarpes e cintos. Vestidos longos ou curtos para as meninas, túnicas e tops para os meninos.

Uma coleção bonita que soube reinterpretar os clássicos de sua moda easy e chic e fazê-los tão atuais e desejáveis como já foram antes.





















           Colcci
a Colcci vem, há algumas temporadas, aprimorando suas apresentações com styling mais contido e colocando na passarela peças que contam uma história - mesmo que bem comercial. Foi por esse caminho que seguiu nesta apresentação, que ainda contou com uma providencial injeção de dinheiro em marketing e publicidade "espontânea" que é trazer celebridades como o ator Ashton Kutcher e família e mantendo Gisele Bündchen no casting; certamente será o desfile que estampará as capas dos jornais do dia seguinte, não por mérito em criação de moda, mas pelo rebuliço que foi o show.
Flashes à parte, nota-se novamente uma tentativa de parecer mais passarela e menos rua ao deixar o jeanswear, carro-chefe da marca, em segundo plano. O denim apareceu na segunda parte do desfile em lavagens manchadas, mas não muito, com efeito amassado, bordado com pérolas e estampados (carimbos e floral) e - ainda bem - terão mais apelo nas araras do que os coloridos do verão (do transparente nem se fala). Repetiram-se os bons tricôs do inverno 2010; couro (destaque para o amassado) e lãs pesadas, em hotpants que não devem nem chegar às lojas, foram adicionados à coleção.

Apesar de ser um desfile correto, a imagem final ficou carente de novidades - os cintos em nó e o coral, por exemplo, apareceram nos desfiles da temporada anterior, em maio de 2010! Mas o consumidor pode ficar tranquilo, também tem a modinha de inverno: os casacos, os paletós, as rendas e os vestidos curtos vão encontrar suas donas nas araras.
   































Fontes : Glória Kalil 

Postado por : @oivivs

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